Resenha do site – Jurassic World: Domínio

Com a onda de sequências de filmes antigos que trazem de volta velhos personagens, claro que era de se esperar que o novo filme da franquia Jurassic Park optasse pela mesma ideia. Mas se engana quem acha que Jurassic World: Domínio é mais um filme de “passada de tocha”.

A saga Jurassic Park tem um lugar especial no meu coração: o primeiro longa, de 1993, foi o primeiro filme de “gente grande” que eu vi no cinema. Na época com 12 anos. E aquele filme me marcou e me impressionou tanto que nunca mais deixou de ser um ícone pra mim e um marco do cinema.

Desde então acompanho os altos e baixos da franquia, que mesmo com alguns filmes meia boca ainda tem seus bons momentos (relembre aqui) e, claro, estava ansioso pelo “fim” da saga. Digo “fim”, entre aspas, porque a gente bem sabe que este fim é muito relativo.

Depois dos acontecimentos fatídicos no final de Reino Ameaçado, de 2018, a gente meio que já sabia o que esperar: dinossauros vagando soltos pelo planeta. E como os dois curtas lançados entre o filme de 2018 e o atual mostraram, eles se espalharam mesmo.

SE VOCÊ NÃO VIU OS CURTAS, ACONSELHO ASSISTIR AOS DOIS VÍDEOS ANTES DE CONFERIR JURASSIC WORLD: DOMÍNIO NOS CINEMAS. ELES ESTÃO NO FINAL DESTE POST LOGO APÓS O TRAILER DO FILME.

Passado quatro anos depois da destruição da ilha Nublar, Domínio não deixa espaço para dúvidas: os dinossauros das mais variadas espécies estão soltos pelo planeta convivendo lado a lado com homens e outros animais. Alguns de forma mais pacífica e outros nem tanto.

Mas, como a gente bem aprendeu com toda a saga, o vilão aqui não é o dinossauro e sim a ganância do homem. Uma mega empresa de tecnologia propõe estudar os monstrengos para encontrar respostas e curas para doenças humanas. Para isso, dizem, precisam também de Maisie, a garota que é a peça-chave desta nova trilogia. Acontece que Maisie, agora uma adolescente, se esconde em uma cabana com Claire e Owen (Bryce Dallas Howard e Chris Pratt, de volta em seus papéis), que a mantém longe da mídia e dos que pretendem estudá-la.

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Claro que a coisa logo vai desandar. E daí em diante a ação é ininterrupta. Perseguições envolvendo motocicletas e raptors, aviões, tiroteio e tudo o mais que você imaginar vão deixar o espectador sem fôlego e, quando você perceber, estará grudado na poltrona segurando a respiração.

A aparição de Laura Dern, Sam Neil e Jeff Goldblum não é tratada como surpresa, até porque todos já sabemos que eles estariam no filme. Então os personagens surgem bem antes da esperada “reunião” com os novos protagonistas e quando ela acontece a vontade é de aplaudir de pé.

Porém, diferente de filmes como Ghostbusters: Mais Além ou Pânico 5, não há uma “passada de tocha”. Até porque Claire e Owen estão encerrando sua trilogia. Então, o que vemos em cena, é muito mais uma união de forças.

Com novos personagens e muitas referências ao longa original, Jurassic World: Domínio é um épico de proporções gigantescas que não deixa nada a dever aos melhores momentos da saga. Emocionante, vibrante e assustador, o longa tem apenas um problema: ele acaba. Não tem como não se emocionar quando percebemos que a história se encaminha para o fim e que, 30 anos depois, vamos nos despedir daquele universo. Pelo menos até o próximo reboot…