Os segredos dos bastidores da tela gigante do IMAX

Quem já assistiu a algum filme no IMAX sabe que a experiência é, no mínimo, única. Além da sensação de estar “dentro da história”, proporcionada pela telona de 300 metros quadrados, muitos outros elementos são responsáveis por transformar uma simples ida ao cinema em uma grande aventura. Isso sem contar que Curitiba é a única cidade do Brasil, além de São Paulo, a ter uma sala deste modelo. Por isso, a equipe do GAZ+ foi conferir os bastidores do IMAX para desvendar os segredos por trás da tela gigante.

Para começar, a equipe fez uma parada para conhecer um pouco melhor a sala onde a galera assiste ao filme. Construída com arquitetura stadium – aquela que imita um estádio, na qual a tela fica mais para baixo – e capacidade para 345 pessoas, o local é ideal para que todo mundo, não importa o lugar onde esteja sentado, tenha a mesma sensação de som e imagem.

Isso acontece por conta da telona que, além de ser maior, é feita em um formato diferente. Enquanto no cinema “normal” entra em cena uma tela plana, no IMAX a tela é côncava, proporcionando a mesma visão tanto para quem senta no meio, quanto quem fica mais no canto. Com o som acontece o mesmo. Com potência de 12 mil watts (um cinema tradicional usa 4 mil), os efeitos sonoros são direcionados para o público por um sistema de lasers, que garante a qualidade em qualquer lugar da sala.

“A tecnologia integrada do IMAX proporciona um efeito de imersão total no filme”, explica o gerente geral do IMAX de Curitiba, Edson Barbosa Garcia. Até os óculos para os filmes 3D são diferentes dos utilizados em salas tradicionais. Eles vieram direto do Canadá e são polarizados para garantir – mais uma vez – o mesmo efeito, não importa a localização da sua poltrona.

Só que onde a magia realmente acontece é nos bastidores. Ou melhor, na sala de projeção. Aliás, a tecnologia é tão avançada e única que nossa equipe até teve a chance de conhecer o local, mas com a condição de não revelar nas fotos nenhum detalhe do projetor. Garcia explica que a recomendação vem da matriz canadense da marca. “Tudo para manter o segredo”, diz.

Mas nós podemos contar que, apesar de tanta tecnologia, o trabalho na sala de projeção aparenta ser bastante simples. Sabe aqueles rolos enormes de filmes que estamos acostumados a ver quando vamos ao cinema? Pode esquecer. “No IMAX todos os filmes são em HD, totalmente digitais”, afirma Garcia. Por conta disso, até a função de projetista já foi extinguida. O processo para iniciar o filme é praticamente o mesmo de colocar um filme para assistir no computador em casa.

Para que os superprojetores trabalhem à todo vapor, a salinha tem que ter temperatura controlada. “Fica em torno dos 12 graus, para que as máquinas não esquentem muito”, revela Garcia. Tudo muito bem pensado para que a sua ida ao cinema seja inesquecível.

da Gazeta do Povo