Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan. Confesso que quando aprendi estes nomes pela primeira vez nunca mais esqueci. O livro de Alexandre Dumas já tinha originado duas adaptações para o cinema e este ano, abençoado pela fada do 3D e pelo efeitos de video game, aportou a mais recente versão.
Com Matthew Macfayden (de Morte no Funeral e Orgulho e Preconceito) como Athos, Ray Stevenson (de Roma, O livro de Eli e Rei Arthur) como Porthos, Luke Evans (de Fúria de Titãs e Robin Hood) como Aramis e Logan Lerman (de Percy Jackson e Gamer) como D’Artagnan a nova roupagem traz um fôlego novo e alucinante à aventura.
Em total ritmo de seção da tarde, o filme mescla belíssimas imagens internas de castelos e palácios (todas favorecidas pela profundidade em 3D) com lutas de capa e espada de prender na poltrona e efeitos visuais espetaculares. Na história, os três mosqueteiros já praticamente aposentados pela guarda real são convocados para recuperar uma joia da rainha. Com a ajuda do jovem e impetuoso D’Artagnan vão precisar enfrentar as artimanhas de Milady (Milla Jovovich, de Resident Evil e O Quinto Elemento), uma agente dupla que trabalha tanto para o Cardeal francês (Christoph Waltz, repetindo mais uma vez o papel que lhe rendeu o Oscar em Bastardos Inglórios) quanto para o Duque de Buckingham (Orlando Bloom, de Piratas do Caribe e O Senhor dos Anéis).
O roteiro é simples: uma armação do Cardeal pretende colocar França e Inglaterra em guerra para que este possa assumir o trono no lugar do rei, um adolescente fraco e mimado. Cabe aos quatro heróis lutar contra tudo e contra todos para evitar o pior.
Barcos voadores, lutas e explosões em slow motion, charme cafajeste, cenas propositalmente clichês. Está tudo lá. O que só aumenta a diversão. O filme lembra em muito as aventuras de Piratas do Caribe, com ritmo e visual. Devo confessar que nos (poucos) momentos em que as lutas dão lugar aos diálogos, ficava ansioso pela próxima briga ou fuga espetacular. Os Três Mosqueteiros em sua mais nova versão é isso: uma aventura de visual estonteante. Bobagem querer se prender demais ao roteiro (por mais que ele não seja ruim) ou às interpretações.
No início do filme as atuações canastronas de todos os atores (menos de Milla Jovovich, esta se revela ruim mesmo) chegam a incomodar. Mas basta lembrar que nenhum deles está ali para ganhar Oscar por suas interpretações e se deixar levar pelo ritmo frenético e pelo clima de aventura que o filme será diversão certa.
Dirigido por Paul W.S. Anderson, que não tem lá muitos méritos em seu currículo (alguns filmes da série Resident Evil, além de O Soldado do Futuro e Mortal Kombat), a aventura moderna de capa e espada entrega um final com gancho para uma possível sequência. Deixa vir! Se for tão divertida quanto esta, mal posso esperar!
Resenha do blog: Os Três Mosqueteiros 3D

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