Resenha do blog: Abraham Lincoln Caçador de Vampiros

Quando você fica sabendo que um diretor de cinema é do Cazaquistão você estranha né? Pois é. Com um estilo único que já está se tornando sua marca registrada, Timur Bakmambetov dirigiu O Procurado com Angelina Jolie e James McAvoy, produziu a espetacular animação 9 – A Salvação e agora dirige e produz a adaptação cinematográfica de Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros. Com roteiro do mesmo autor do livro, Seth Grahame-Smith (que também escreveu Sombras da Noite, de Tim Burton e se prepara para escrever Beetlejuice 2) e produção do mesmo Tim Burton, gênio do terror nonsense, o filme entrega uma produção caprichada com visual estarrecedor.
Como já tinha demonstrado em O Procurado, a câmera de Bakmambetov não respeita nenhuma lei da física. Piruetas, voltas de 360°, sobre trens ou cavalos… nada parece ser impossível pra imaginação do diretor. A perseguição na debandada de cavalos é, inclusive, uma das cenas mais arrebatadoras do cinema moderno. De tirar o fôlego e prender na cadeira.
O roteiro mistura a Guerra da Secessão americana com lendas de vampiros. Os estados do Sul, que segundo a história lutavam contra a libertação dos escravos, aqui recebem a ajuda das criaturas da noite, também contra a abolição por serem eles sua grande fonte alimentar. Já os estados no Norte, lutam a favor da abolição e também contra a infestação vampiresca nos Estados Unidos. No meio de tudo isso está Abraham Lincoln: antes um jovem caçador de vampiros que busca vingar a morte da mãe e agora presidente dos Estados Unidos.
Todas as implicações políticas do presidente, claro, são suavizadas em favor da ação, mas isso em momento nenhum corrompe a aura de aventura do filme. Muito pelo contrário. Toda a brincadeira histórica só deixa tudo ainda mais saboroso.
O quase desconhecido Benjamin Walker interpreta o personagem-título enquanto coadjuvantes de peso (na arte de serem coadjuvantes) completam o elenco: Dominic Cooper (de Mamma Mia, Educação e Sete Dias Com Marilyn), Mary Elizabeth Winstead (de Scott Pilgrim, Duro de Matar 4.0 e À Prova de Morte) e Rufus Sewel (de Coração de Cavaleiro, O Ilusionsita e Tristão & Isolda). Todos ótimos mas todos com aquele jeito de eternos coadjuvantes.
No fim das contas o filme é divertido, ágil, eletrizante, estiloso e inteligente. Como muito pouca coisa no cinema hoje em dia, é verdade…

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