Quem trabalha com marketing e publicidade, sabe bem: posicionamento e definição de público alvo são funamentais na construção de uma marca.
A Lupo, marca gigante de underwear, lançou no final do mês passado a campanha “Aparecimento”, estrelada pelo jogador Neymar Jr., na qual o posicionamento da marca fica bem aparente. Dá o play no vídeo e continuamos o papo.
A Lupo, ao lançar uma linha de cuecas e meias com a grife Neymar, quer claramente atingir o público que tem alguma ligação com o jogador: amantes do futebol (que compram produtos assinados pelo ídolo), pessoas que querem presentear seus homens com um produto de qualidade e vê-los usando “a cueca do Neymar”, homens que querem ser Neymar e ser tão pegador quanto ele (o discurso é próximo das propagandas de cerveja, com a coisa da projeção que se tem a respeito dos nossos ídolos).
Homens, gays, que querem comprar a cueca do Neymar (e que podem, facilmente, se encaixar em alguma das categorias acima), não são bem vistos e recebidos aqui. O vendedor até oferece o produto para o cliente, mas a “marca” (no caso, o Neymar) foge do comprador. Como se a Lupo dissesse: Este público a gente não atende.
Há os que argumentem que o mercado é machista, que o Neymar é um ídolo do futebol, suprassumo do machismo nacional, que é só uma piada. Mas o buraco é mais embaixo.

Exibir este comercial só reforça preconceitos. As “cuecas do Neymar” não estão disponíveis para os gays. Homens, heterossexuais, de maneira geral, não recebem um elogio vindo de outro homem como sendo apenas um elogio. É uma cantada, uma agressão à masculinidade.
Com esta campanha, a Lupo perde não apenas o respeito de uma fatia de mercado que consome seus produtos – afinal somos homens, compramos cuecas e meias e queremos produtos de qualidade -, mas perde também a oportunidade de abraçar este público.
A Lupo não precisa adotar uma postura parecida com a Andrew Christian, por exemplo, mas pode adotar uma postura que não denigra nenhuma parcela da população. E, voltando a falar de publicidade e marketing, uma postura que não afaste consumidores em potencial.
Do site Nada Errado
Meu comentário pessoal: E gay gosta do Neymar? Ponto pra Lupo que definiu muito bem: gay tem bom gosto, não quer comprar uma peça “do Neymar”, suas peças NÃO SÃO para gays. Eu teria vergonha de usar, e quem me conhece sabe muito bem q boicoto essas coisas.
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