João e Maria forever

Baby NamesPor trás de cada nome, uma história. Apesar de muitos pais escolherem os nomes dos filhos por pura afinidade, uma grande parcela da sociedade ainda se baseia no significado deles. Enquanto alguns preferem homenagear parentes, amigos ou até mesmo famosos, outros levam essa decisão para o caminho da religião.

Essa afirmação não se baseia apenas em uma impressão. Um recente levantamento feito pela Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR)revela que nomes tradicionais, inspirados na Bíblia, nunca deixaram de ser moda.

Mesmo com os anônimos “Neymar” ou até mesmo os mais inusitados como “Facebookson”, os nomes mais comuns como Maria, Ana, João, Davi, Pedro, Arthur, Gabriel, Miguel e Lucas seguem liderando o ranking dos 100 mais registrados no primeiro semestre deste ano.

O fato curioso é que Maria, Ana e João definitivamente caíram no gosto dos paranaenses, pois ocupam o topo há 15 anos. Só nestes primeiros meses de 2013 (de janeiro a junho) surgiram 3.362 novas Maria, sendo muito comum também em nomes compostos.

Como a pequena Maria Emanuele, que tem pouco mais de uma semana de vida. A escolha foi além da afinidade. Os pais Kelly e Luiz Henrique Patuzzo, casados há 5 anos, planejavam a gravidez havia dois anos e meio. “Foi uma gravidez de risco. Os médicos até falavam que eu não poderia passar do 6º mês. Quando eu descobri que estava grávida, o nome já estava escolhido. Maria porque somos devotos de Nossa Senhora Aparecida e Emanuele porque é o feminino de Emanuel, que significa Deus conosco”, conta Kelly.

Agora, com Maria Emanuele em casa e com saúde, os pais se orgulham ainda mais da escolha. “É uma graça em nossa vida e para nós, o nome é uma homenagem pela benção dela ter nascido”, diz.

No Cartório Pires, no centro de Londrina, que faz boa parte dos registros dos bebês nascidos na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai e hospitais Evangélico e Universitário, de janeiro até julho houve 120 registros de Maria, com predominância de Maria Eduarda. Entre os masculinos, destaque para João (45) e dois Francisco.

“(Francisco) Não é um nome muito comum, mas acredito que vai ganhar notoriedade nos próximos meses por conta da nomeação do papa”, observa Eduardo Marques de Sousa Pires, titular do cartório. Em todo o Estado, após a escolha do pontífice, surgiram novos 61 Franciscos.

Pires afirma que também há algumas peculiaridades nos registros, como nomes em destaque na mídia e os americanizados, como Maicon, David e Jhonathan. Já em relação às denominações mais incomuns, Pires diz não se recordar, em pelo menos 20 anos de atuação profissional, de ter registrado um nome estranho ou que expõe a pessoa ao ridículo. “É comum orientarmos os pais na questão da grafia, principalmente em nomes americanos. Muitas pessoas se mostram mais preocupados com a pronúncia correta do que a própria escrita”, afirma.

Incomum
A Lei de Registros Públicos ampara os oficiais do registro civil quanto a não aceitação de prenomes que possam expor as pessoas ao ridículo. Diante da insistência dos pais, o caso poderá ser submetido à decisão judicial.

A exceção fica apenas na recomendação para que os cartórios mantenham tradições indígenas e aceitem o registro de nomes nem tão comuns assim.

Quanto a alteração de nome ou sobrenome, os motivos justificáveis são erros de grafia, exposição ao ridículo, adoção de apelidos notáveis, proteção de vítimas e testemunhas, brigas de família, casamento e separação. Com a Lei n° 12.100/2009, algumas dessas alterações podem ser feitas de forma administrativa nos cartórios extrajudiciais.

– Confira os nomes mais registrados no Paraná entre janeiro e junho de 2013

Vi na Folha de Londrina

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