No último dia 7 de novembro o filme brasileiro ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’ estreou nos cinemas norte americanos como parte de sua campanha para uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro no ano que vem. O longa de Daniel Ribeiro já está entre os pré-selecionados na lista da Academia Americana de Cinema.
Em dezembro a Academia vai enxugar a lista, deixando apenas os pré-indicados e no dia 15 de janeiro de 2015, todos os indicados em todas as categorias serão anunciados. Veja AQUI a lista dos pré-selecionados para uma das 5 vagas entre os indicados.
O site da revista voltada ao público gay OUT Magazine, falou sobre o filme:
The Way He Loks (nome que o filme recebeu nos Estados Unidos) representa o nascimento da aceitação gay no cinema mainstream. Talvez seja por isso que o diretor tenha escolhido um visual que constantemente nos lembra um cartão de aniversário. O modo como Leonardo lida com sua amizade abalada com Giovanna enquanto entende consigo mesmo seus sentimentos com Gabriel é um testamento à humanidade gay. Encobrindo a juventude homossexual, o diretor Daniel Ribeiro e o ator Guilherme Lobo retratam a compaixão e fazem com que se assumir se torne apenas um caminho no crescimento pessoal.
O site UOL selecionou trechos das críticas dos principais sites e jornais de cinema do país, como “The Wrap”, “Variety”, “The Hollywood Reporter” e “The New York Times”. Saiba o que eles têm a dizer sobre o longa de estreia de Daniel Ribeiro, estrelado por Ghilherme Lobo, Fábio Audi e Tess Amorim.
The Wrap
O Leonardo de Ghilerme Lobo não é um cego gay e adolescente, mas um adolescente que por acaso é cego e gay – em uma história reflexiva e redonda.
É um reflexo do progresso relativo em relação à aceitação gay no país, que já sedia a maior parada do orgulho gay no mundo e que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013.
Como a maioria de filmes sobre jovens adultos, as melhores cenas são centradas em novas experiências, como Gabriel explicando a Leo como se dá um eclipse ou quando narra cada nova matança de um filme de terror. (É muito ruim, no entanto, que todas as personagens femininas, em particular Giovana e sua mãe, sejam excessivamente maternais e de quem Leo queira fugir).
The Hollywood Reporter
O filme é uma versão longa do premiado curta de 17 minutos. Ribeiro concretizou de forma impressionante o material em uma narrativa completa, não só adicionando conflito e personagens convincentes, mas também dando um enfoque novo à busca da independência do jovem cego.
Apesar de terem 16 ou 17 anos, Leo e Giovana vivem em um ambiente protegido que é quase inocente demais para ser verdade. O comando de Ribeiro é fundamental para tornar essa configuração crível, focando na bondade dos jovens personagens, que aos poucos vão se abrindo para dar espaço à rebeldia, que por sua vez pode fazer com que deixem o casulo protetor da infância para trás.
Variety
Todo mundo vai torcer pelos dois protagonistas adolescentes na estreia doce de Daniel Ribeiro, já que os meninos são muito simpáticos e o caminho que eles traçam até o primeiro amor tem uma qualidade comovente.
Embora o roteiro e a direção seja só um pouco acima da média, a estreia sobre juventude de Daniel Ribeiro tem um apelo inegável.
The New York Times
Este filme vencedor – dirigido por Daniel Ribeiro em sua estreia – tece habilmente os desafios sociais da adolescência em uma história mais ampla de auto-descoberta. O filme é a tentativa do Brasil para o Oscar de filmes estrangeiros. E isso não é surpresa.


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