Rango!

Imagine um filme do diretor Robert Rodriguez. Com todo seu estilo. Tire os palavrões. Troque os personagens humanos por bichos como lagartos, tatus, pássaros, ratos, castores. Situe-o no meio do deserto do Mojave. Ao invés de Antonio Banderas, ponha Johnny Depp personificado num lagarto com pretensões artísticas. Coloque no roteiro temas típicos de faroeste como busca pela água, defesa do seu rancho e medo de forasteiros.
Isso é RANGO.
Uma animação simplesmente deslumbrante. Mil referências (filmes de zumbis, faroeste, Hitchcock, Apocalipse Now), um visual impecável em todos seus detalhes (pelos, areia, pele, cascos), um humor extremamente peculiar, um quarteto de corujas-narradoras-mariachis e um protagonista anti-herói dos melhores. Rango é um filme para quem gosta de cinema, de cinema de verdade, quase cinema-arte, com takes e “movimentos de câmera” sensacionais. Por vezes se esquece de que aquilo é um desenho e é quase como se fosse um filme em live action, tamanha a perfeição das imagens.
O roteiro me lembrou um pouco Vida de Inseto, é verdade, mas com certeza Rango já é um dos melhores filmes do ano.

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