Todos os filmes da franquia Premonição tem a mesma premissa: alguém tem uma visão de um acidente-catástrofe, onde várias pessoas morrem. Por causa da visão algumas pessoas se salvam, geralmente amigos ou conhecidos de quem teve a visão. Então as pessoas salvas começam a morrer de forma estranha.
OK, no primeiro filme esta ideia era original. Depois foi se perdendo, a ponto de no quarto filme ser totalmente desperdiçada.
Até o terceiro, os filmes ainda têm algum mérito. Do primeiro, a originalidade. Do segundo, o acidente na rodovia (ainda o melhor da série). No terceiro nada muito a acrescentar. E no quarto menos ainda, a não ser pelo acidente no shopping. O pior deles, traz um acidente inicial com efeitos especiais mal feitos, tanto que chega a ser risível. As mortes se atropelam de forma que não tenhamos sequer ideia de quem é a pessoa que está morrendo. E a franquia parecia enterrada junto com o elenco ruim.
Um diretor novato se encarregou da quinta aventura. Desde que estreou nos Estados Unidos alguns disseram que este era o melhor de todos os filmes da série. Muito cético que sou, duvidei que conseguisse superar o primeiro. E consegue.
O acidente inicial acontece em uma ponte em reforma. Impressionante (principalmente em 3D e na tela gigante de um IMAX), não chega a ser tão bom quanto o do segundo filme, e salva funcionários de uma fábrica de papel da morte. A partir daí a coisa vem com mortes cada vez mais viscerais e agoniantes. A cena da ginasta é de se contorcer na cadeira, minutos de tortura daqueles que a gente quer tampar o olho e ver ao mesmo tempo. Como nos outros filmes, algumas mortes são “no susto” e uma nova ideia surge para tentar driblar a morte: se você matar alguém pode ficar com seus anos de vida em troca. Trocar a sua vida pela de outra pessoa.
É fato que a abertura (feita por Kyle Cooper, mesmo responsável pela espetacular abertura de Seven), com cacos de vidro, pedaços de corpo e outros objetos literalmente voando em nossa cara já impressiona. E dali pra frente todo o tipo de coisa virá em direção ao público. O filme precisa ser visto em 3D. O diretor, Steven Quale, acompanhou todo o processo de desenvolvimento das câmeras 3D da marca Pace, de James Cameron, tecnologia aperfeiçoada por eles em Avatar.
Com uma ‘reviravolta’ interessante lá pelo meio e um final simplesmente GENIAL, o filme é sim o melhor da série. Mesmo sem a originalidade do primeiro.
Convém assistir aos anteriores antes deste (ou ao menos este vídeo com a compilação das mortes e acidentes dos outros 4 filmes). E convém prestar atenção aos elementos de citação aos outros filmes:
- No terceiro filme uma van com a escrita “drink safelly” aparece em uma cena. Esta van está na auto estrada onde acontece o acidente do segundo filme;
- No quarto filme um personagem para em frente a um anuncio que diz “Clear Rivers Waters”. Clear Rivers é o nome da personagem que sobrevive no primeiro filme e reaparece no segundo.
- E claro, o numero do voo que explode no filme inicial: 180, que reaparece em diversas ocasiões em todos os filmes, inclusive no nome do restaurante que o personagem principal trabalha em Premonição 5.
Se no quarto filme mal chegamos a ver os personagens direito (quem dirá conhecê-los), neste chegamos a torcer por alguns, e para que outros morram. Ao final (depois do choque que o roteiro nos dá), algumas cenas dos acidentes dos outros filmes são mostradas, como mais uma forma de homenagem à franquia e a seu público.

Filme muito bom. Realmente é um dos melhores (ainda prefiro o 1). O 4 foi uma merda e tinha medo desse ser também. Mas não foi. Ainda bem!
Intaum, vou ter que assistir agora, né?
Mas não vai dar pra ser em 3D. O problema é que assisti o 1 e gostei bastantão, mas do 2 já não gostei, e daí em diante parei de ver. Será que posso pular direto pro 5?