Resenha do blog: RED e A Garota da Capa Vermelha

RED – Aposentados e Perigosos

Quando vi o trailer de RED – Aposentados e Perigosos, não coloquei nenhuma fé no filme. Sequer despertou meu interesse. Quando vi que ele estava indicado ao Globo de Ouro de melhor comédia/musical, pensei como era possível?
Este final de semana, por absoluta falta de opção mais interessante, resolvi assistir. Ah, como gosto quando me surpreendo!
Um elenco afinadíssimo, uma direção estilosa, um roteiro simples. Um filme divertidíssimo.
Pra um diretor quase estreante (Robert Schwentke, de Plano de Voo) já é de se espantar o elenco estelar: Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malcovich, Mary Louise Parker e Helen Mirren. Todos espetaculares e todos extremamente a vontade em seus papéis. A cara de deboche ainda mais acentuada de Willis ao lado de uma tresloucada Mary Louise Parker já dá o tom do filme. Filme que não se leva a sério de propósito e por isso mesmo é bom. Filme onde a gente percebe que os atores estão se divertindo horrores enquanto trabalham.
Na história, adaptada de uma hq da DC Comics, uma equipe de espiões aposentados se reúne para solucionar uma série de assassinatos envolvendo a CIA e o governo americano. Daí pra frente voam carros, tiros, mafiosos russos, tudo hilariante.
Filme de ação daqueles que não nos chamam de imbecil nem são complicados demais.

A Garota da Capa Vermelha

Li na revista Preview deste mês que A Garota da Capa Vermelha foi feito para o mesmo público da saga Crepúsculo. Das mãos da mesma diretora (Catherine Hardwicke), a curta resenha dizia que o filme era bom justamente por errar seu público alvo: ao invés do romance insosso, era um ótimo filme de lobisomem. Daí resolvi ver. Ledo engano.
Às vezes comprovo a teoria de que não basta o ator ser bom, com texto e direção ruins não há ator que resista. E Gary Oldman está ali pra comprovar minha teoria. Geralmente um ator excelente (vide Harry Potter, Batman Begins, O Quinto Elemento, Dracula de Bram Stoker…) aqui ele é totalmente desperdiçado. A releitura da história da chapeuzinho vermelho até tem seus momentos bacanas (embora agora não consiga me lembrar de nenhum), mas seu péssimo elenco jovem, sua direção clichê e o amontoado de equívocos (que vão desde o figurino até a cenografia – por acaso foi filmado no mesmo lugar de Crepúsculo?), fazem dele um filme ruim.
Os efeitos, ao menos, são melhores. No monte de tomadas e frases lugar comum, Amanda Seyfried mostra (novamente) que sem uma Merryl Streep do seu lado, não sustenta um filme sozinha. Seus dois amores beiram o patético ao “interpretar” dois jovens que brigam pelo amor da mocinha. Toda a trama do lobisomen realmente é bem mais interessante que o romance mela cueca dos três. Mas o final…. eu podia ter dormido sem aquilo.

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