A resposta a um babaca

Ontem, 30/08/12 a Gazeta do Povo publicou um artigo do senhor Carlos Ramalhete, professor de filosofia, intitulado “A Perversão da Adoção”.
Não vou repostar o texto completo dele aqui, mas abaixo você pode ter uma ideia do que ele escreve:

Nada é mais cruel que crianças em bando, especialmente na escola. Afinal, uma das coisas que a escola – com seus uniformes, sua separação por idade etc. – ensina é a rejeitar o diferente. Uma criança que tenha qualquer diferença vai certamente sofrer bastante, por mais que professorinhas bem-intencionadas tentem lutar contra o “bule”, a chaleira e a leiteira. Esse comportamento, que já é parte da natureza humana, é exacerbado na escola.
Pois agora, além dos problemas de sempre – gordurinhas a mais ou a menos, cor de cabelo, espinhas, nomes estranhos… –, o STJ acaba de acrescentar mais um, ao fazer com que um pobre menino, já vitimado pelo medonho sistema de “abrigos” para órfãos, se veja com uma certidão de nascimento em que constam dois “pais”. Ele foi entregue em adoção formal a dois homens.
(…)
Uma mãe até pode entregar seus filhos para que uma dupla de amigos do mesmo sexo ou uma comunidade religiosa ou hippie os crie. Ela vai estar criando uma dificuldade para a criança, mas ainda estará dentro dos limites de seu poder de mãe. Esticando-os, é verdade, mas dentro dos limites.
Quando o Estado o faz, contudo, não está mais agindo dentro de seus limites. O Estado não pode registrar como “mães” de uma criança todas as freiras de um convento em que ela seja criada, nem como “pais” uma dupla do mesmo sexo. Uma certidão de nascimento em que constem os nomes do pai e mãe adotivos é uma mentira piedosa, que serve para evitar constrangimentos.

Para ler na íntegra, clique aqui.

Pois bem, o texto repercutiu no Facebook, foram criados eventos de repúdio, abaixo assinados para que ele não escreva mais no jornal (seus artigos são publicados toda quinta feira, aparentemente um pior que o outro) e o diabo a quatro. Eu resolvi ir mais longe.
Escrevi um artigo-resposta e enviei ao jornal. O texto foi publicado hoje e está causando tanta repercussão quanto o anterior:

Para ler direto no site do jornal, clique aqui.

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