Esperado, falado e agora bombando nas premiações. Django Livre foi assunto desde anunciado. Os primeiros trailers renderam, causaram polêmica e estardalhaço. Humor, falatório, um toque político, vingança e muito, muito sangue e tiroteio. Nada muito diferente de todos os outros filmes do diretor Quentin Tarantino.
Já um habitue do Oscar, o diretor novamente está na lista, com 5 indicações para seu faroeste modernoso: fotografia, edição de som, roteiro original, filme e ator coadjuvante para Christoph Waltz – que já venceu por Bastardos Inglórios, outro filme de Tarantino onde o ator foi revelado, e é forte candidato a levar este ano novamente.
Quem conhece os outros filmes mais famosos do diretor sabe que suas histórias envolvem elementos em comum: violência, muita falação, referências, vingança e musica pop “alternativa”. Foi assim com Pulp Fiction (outra presença do Oscar), Kill Bill, Bastardos Inglórios e claro, não seria diferente com Django Livre.
Django (Jamie Foxx, vencedor do Oscar por Ray e aqui apenas eficiente) é um escravo libertado por um caçador de recompensas alemão (Waltz, ótimo com um toque de humor sutil e divertido) para ajuda-lo a capturar três bandidos. Estes três já foram algozes de Django, que aproveita a oportunidade para se vingar e para reencontrar sua esposa, vendida para o dono de uma grande fazenda de algodão (Leonardo DiCaprio, cada vez melhor). Com esta premissa e algumas participações especiais – incluindo a desnecessária cena com Jonah Hill e a já costumeira participação do diretor – o filme se estende por duas horas e quarenta minutos. Desnecessariamente, diga-se.
Samuel L. Jackson, outro queridinho de Tarantino, também está no elenco, mas o filme é mesmo de Waltz. Assim como em Bastardos Inglórios ele rouba a cena com seu personagem que deveria ser coadjuvante e acaba transformando o filme quase numa comédia. O faroeste com aventura funciona, mas sofre do problema de não ter recebido os devidos cortes na sala de edição e acaba por ser longo e arrastado. Daquele tipo de filme que você pensa ‘Está bacana, mas falta muito pra acabar?’. E seus três finais não colaboram, pois quando você pensa que acabou, lá vem mais alguma coisa.
Inteligente, engraçado, bonito visualmente, com algumas ótimas sacadas de texto e fotografia (que neste caso não conseguimos saber se são repetições de clichês ou homenagens). Django Livre funcionaria perfeitamente com uma meia hora a menos. Do jeito que está continua bom, mas cansa. Menor seria excelente.

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