Sim, estamos falando de Mad Max. O filme que em 1979 iniciou uma trilogia de ação que entraria para a história do cinema. Com um elenco encabeçado por Mel Gibson (praticamente desconhecido na época) trazia brigas e perseguições num mundo apocalíptico desértico e sem água. Do original se seguiram duas sequências, a terceira trazendo Tina Turner no elenco e o hino ‘We Don’t Need Another Hero’. Este ano uma quarta parte aporta nos cinemas. E a pergunta é uma só: nós precisamos de mais um Mad Max 30 anos depois da última parte?
Protagonista diferente, efeitos anabolizados, sem Tina Turner mas com o mesmo diretor, Mad Max: Estrada da Fúria estreia neste final de semana no Brasil prometendo levar os saudosistas aos cinemas e apostando nos talentos e belezas de Charlize Theron e Tom Hardy para atrais a nova geração fã de Velozes e Furiosos e Transformers. Se vai funcionar e se o filme será digno de entrar para a coleção (como não aconteceu com Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal, por exemplo), só o tempo dirá.
Enquanto isso, Anderson Gonçalves da Gazeta do Povo publicou uma matéria interessante com uma retrospectiva dos três filmes anteriores que, mesmo que você não tenha intenções de ver a quarta parte, vale a pena para relembrar. Ou mesmo atiçar aquela vontadezinha de ver de novo. Olha só:
Mad Max (1979)
Era 1979 quando um jovem diretor chamado George Miller lançou Mad Max, produção ambientada em um futuro no qual as estradas eram dominadas por gangues violentas de motoqueiros.
O protagonista era um tal Mel Gibson, que vivia Max Rockatansky, um policial na cola desses bandidos. Na esteira de nomes como Sam Peckinpah e Clint Eastwood, George Miller criava uma nova modalidade de herói, o homem comum acuado pela violência, que se vê obrigado a fazer justiça com as próprias mãos. A montagem frenética e as sequências de perseguição automobilística se tornaram referência para o cinema até os dias atuais. Juntos, esses elementos fizeram com que Mad Max se tornasse um dos primeiros filmes considerados clássicos do cinema de ação.
Mad Max 2 – A Caçada Continua (1981)
Para muitos críticos e fãs, Mad Max 2 – A Caçada Continua é um daqueles raros casos em que a continuação supera o original. Se no primeiro filme a caçada de Max Rockatansky já ilustrava um mundo assaltado pela violência, o cenário tempos depois é ainda mais desolador.
Enquanto em Mad Max havia algum resquício de civilização, no segundo o ex-policial vaga por estradas desertas tomadas por gangues que se assemelham a hordas bárbaras sobre rodas. Em um futuro pós-apocalíptico assolado por guerras, a gasolina se tornou o bem mais precioso. Em troca de armas e combustível, Max aceita lutar ao lado de uma comunidade para defender uma refinaria.
Com altas doses de violência, Mad Max 2 traz algumas das melhores sequências de perseguição de carros da história do cinema. A crueza e o impacto das cenas, filmadas sem os efeitos de computador dos dias atuais, são de prender a respiração.
Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão (1985)
Terceiro episódio da série, Mad Max – Além da Cúpula do Trovão já não tem a força dos dois primeiros e acrescenta até uma dose de bom humor. Max encontra Bartertown, uma cidade erguida no meio do deserto que mais parece um vilarejo da Idade Média.
Obrigado a lutar na cúpula do trovão, local onde “dois homens entram, um homem sai”, ele se recusa a matar seu oponente e é abandonado no deserto. Lá encontra um grupo de crianças que serão seu novo exército.
Na verdade, o filme recicla os elementos principalmente do segundo, tendo como ponto alto as boas sequências de perseguição com veículos sucateados e a luta na malfadada cúpula do trovão.
Também não deixa de ser divertido observar a estética, algo entre o pós-apocalíptico e o kitsch dos anos 80. E nada melhor para representar a época do que Tina Turner interpretando a vilã da história.




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