Cinema LGBT – Parte 3: Da popularização e variedade ao Oscar de melhor filme
Porém Brokeback foi o ápice de um movimento que começava no cinema como resposta às comédias dos anos 90. Filmes mais “sérios” chegavam para retratar uma comunidade que ainda sofria de preconceito e mostrar que a vida não era só cores e risos. Hedwig (2001), O Clube dos Corações Partidos (2000), Todas as Cores do Amor (2003), Mistérios da Carne (2004) ou Longe do Paraíso (2002) abriram caminho para que Brokeback Mountain se tornasse um fenômeno de público e crítica.
Mas claro que os temas pesados não eram só o que o cinema abordava com relação à população LGBT no início dos anos 2000. Madonna veio com seu Sobrou Pra Você (2000), o musical Rent trouxe da Broadway tudo embalado em um único pacote (medo da AIDS, relacionamentos, transexualidade) em 2005 e inúmeros filmes abordavam a temática nas mais variadas formas em Hollywood: Transamérica (2005), Kinky Boots (2005), Correndo com Tesouras (2006), Billy Elliot (2000), Direito de Amar (2009), Shortbus (2006), Um Toque de Rosa (2004), Poucas Cinzas (2008), Beijos e Tiros (2005) e Milk: A Voz da Igualdade (2008) sendo apenas alguns exemplos.
A partir de 2010 é correto dizermos que o cinema hollywoodiano se tornou mais politizado. Se Milk já dava demonstrações disso, filmes como Minhas Mães e Meu Pai (2010), Pride (2014), The Normal Heart (2014), Minha Vida com Liberace (2013), Clube de Compras Dallas (2013), Carol (2015), A Garota Dinamarquesa (2015), O Amor é Estranho (2015), O Jogo da Imitação (2015), King Kobra (2016) e Moonlight (2016) trouxeram mais “seriedade” e politização ao tema.
Leia mais:
Parte 1 – Da Hollywood clássica à descoberta da AIDS
Parte 2 – Da ascensão da alegria à diversidade de retratos
Parte 3 – Da popularização e variedade ao Oscar de melhor filme