“Como diz a nossa assinatura, fabricamos ciclistas. Mas, antes de tudo, fabricamos respeito”. É com este posicionamento que a Caloi, tradicional marca de bicicletas no Brasil, anunciou, nesta quinta-feira (13), o lançamento da “Caloi Rainbow”, modelo que visa apoiar causa LGBT.
Com essa causa em mente, a empresa afirma que 100% dos lucros arrecadados com a venda da Rainbow serão doados para a Casa 1, um centro de acolhida em São Paulo para LGBTs que foram expulsos de casa ou que estão em situação de rua por sua orientação sexual e identidade de gênero.
“Acreditamos que fazemos o que fazemos porque ‘Movemos pessoas por um mundo melhor’, como diz nosso propósito. E dar visibilidade a causas tão latentes faz nossos pedais girarem mais rápido e nosso guidão apontar na direção de uma sociedade mais justa”, diz Eduardo Rocha, diretor de marketing da Caloi. “Temos orgulho de ser uma empresa para todos”, completa.

A ideia foi criada pela agência Tribal WolrdWide. Mas chegada do modelo ao mercado, junto à ideia de abraçar e apoiar a causa LGBT é também resultado da criação, em janeiro de 2019, do “Comitê da Diversidade” na empresa.
Composto por funcionários, em junho do ano passado, o Comitê tomou a iniciativa de apresentar um novo posicionamento da empresa ao alterar as cores do logotipo da Caloi em comemoração ao mês LGBT.
Em edição limitada, inicialmente de 260 unidades, o modelo Rainbow será comercializado por R$ 1.129, exclusivamente no Mercado Livre.

Com grafismo exclusivo que remete às cores da bandeira LGBT, a Rainbow é equipada com freios a disco, quadro de alumínio, suspensão dianteira, câmbio traseiro shimano de 21 velocidades e aro 29 de parede dupla.
“Trata-se de um modelo mountain bike que além das trilhas também supera todos os limites do asfalto das pequenas, médias ou grandes cidades”, descreve a marca.
Em edição limitada, inicialmente de 260 unidades, o modelo será comercializado por R$ 1.129,00, exclusivamente no Mercado Livre.
Os números da violência contra LGBTs no Brasil

De acordo com o Atlas da Violência do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cresceu 10% o número de notificações de agressão contra gays e 35% contra bissexuais de 2015 para 2016, chegando a um total de 5.930 casos, de abuso sexual a tortura.
Canal oficial do governo, o Disque 100 recebeu 1.720 denúncias de violações de direitos de pessoas LGBT em 2017, sendo 193 homicídios. A limitação do alcance do Estado é admitida pelos próprios integrantes da administração federal, devido à subnotificação e falta de dados oficiais.
Por esse motivo, os levantamentos do Grupo Gay da Bahia, iniciados na década de 1980, se tornaram referência.
Em 2018, a organização contabilizou 420 mortes de LGBTs decorrentes de homicídios ou suicídios causados pela discriminação. O relatório “População LGBT Morta do Brasil” mostra, ainda, um aumento dos casos desde 2001, quando houve 130 mortes.
O grupo divulgou nova pesquisa que aponta 141 vítimas entre janeiro e o dia 15 de maio deste ano. De acordo com o relatório, ocorreram 126 homicídios e 15 suicídios, o que dá uma média de uma morte a cada 23 horas por homofobia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em junho deste ano, que a LGBTfobia deve ser equiparada ao crime de racismo até que o Congresso Nacional crie uma legislação específica sobre este tipo de violência.Pena é de até 3 anos e crime será inafiançável e imprescritível, como o racismo.
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