Para qualquer pessoa que tenha sido criança em meados da década de 80, o desenho Caverna do Dragão é um ícone. Faz parte da história da própria cultura pop e da história de cada uma dessas pessoas.
A aventura de Hank, Eric, Diana, Sheila, Presto e Bobby no “Reino” onde foram parar após um passeio de montanha-russa estreou na TV americana em 1983 e no Brasil em 1986 e é reprisada até hoje e também existe em DVD com a dublagem original para venda.
Com três temporadas, a maior mágoa de todos os fãs é que o seriado foi cancelado pela rede CBS antes do final. O episódio 28, Réquiem, que seria o final e desvendaria o mistério do desenho nunca saiu do papel. Um dos 12 roteiristas, Michael Reaves, chegou a afirmar que o o escrevera em maio de 1985, mas que o mas que este nunca foi produzido: “Este episódio foi escrito de forma que tivesse um duplo sentido, ambíguo e triunfante: se o desenho não continuasse, o final seria satisfatório; se continuasse, o episódio serviria de trampolim para uma nova direção”.
Então fãs ficaram órfãos, sem saber o real final da história. Sem saber se os 6 jovens conseguiram voltar pra casa. E boatos pipocam na internet: Vingador e Mestre dos Magos são a mesma pessoa? Uni é do bem ou do mal? Eles conseguem voltar pra casa ou na verdade estão mortos?
Este roteiro de Reaves está disponível para quem quiser encontrá-lo na rede, mas já sofreu tantas modificações que é difícil saber em que acreditar.
Mas eis que em 2011 o ilustrador Reinaldo Rocha se viu acamado por conta de um acidente de carro. Sem poder andar, Rocha transformou o roteiro de Reaves numa HQ impressionante para seu trabalho de conclusão do curso de design gráfico.
Os fãs até então com muitas duvidas, podem baixar a revista com pouco mais de 60 páginas onde o verdadeiro final da saga é contado. Com riqueza de detalhes e com ilustrações praticamente idênticas ao desenho da TV, a HQ tem gosto de nostalgia e dá uma boa sensação de “ponto final”. Como o roteirista afirmou, ela mantém um gancho, mas também dá um the end pra história. Várias perguntas são respondidas e ao ler os balões a gente consegue ouvir as vozes dos personagens em nossa memória.
A revista só peca mesmo ao (aparentemente) não ter contado com uma revisão de texto: os tropeços no português estão em quase todas as páginas. O que, claro, não tira a satisfação de termos algumas repostas ou mesmo de matar as saudades e saber o que raios aconteceu.
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Com informações dos sites Complexo Geek e Central 42
