Um artista, uma banda, é um prestador de serviços. Para o público em geral e especialmente para seus fãs. Ele está ali principal e especialmente para entreter quem pagou o ingresso para ver seu show. Claro que um fã não pensa assim. Vê aquele artista como seu ídolo, com quem canta e pula junto e a quem admira. O fã não enxerga essa relação profissional. Mas o artista nunca deve esquecê-la.
E se tem algo que não se pode dizer do Matchbox Twenty é que ele se esqueça disso. Na última quarta feira, 18 de setembro, pontualmente às 21h30 a banda subia ao palco do Curitiba Master Hall com os primeiros acordes de Parade, do disco mais recente.
Logo na entrada era possível comprar camisetas da banda e, o melhor de tudo: a pulseira-pen drive Matchbox 20 USB Wristband lançada somente no site da banda, sem entrega no Brasil, com o registro de shows ao vivo.
A casa, com algo em torno de mil pessoas, vibrou animadamente, mesmo com meia dúzia de gatos pingados apenas conhecendo a canção que abriu o show. O pouco público justifica-se principalmente por dois motivos: um deles é que o MB20 nunca foi uma banda de grande sucesso no Brasil. Seus discos vendem, mas não muito. Suas musicas tocam, mas não muito. Seus hits estouram, mas não muito. Resta que a banda tem poucos fãs de verdade e poucas musicas conhecidas. O segundo motivo foi o alto preço dos ingressos que variaram de 186 a 606 reais.
Entre essas mil e poucas pessoas poderia-se contar uns 100 que conheciam boa parte das musicas da banda (eu incluso). Como fã, aproveitei e curti o quarteto tocando musicas das minhas favoritas desde o primeiro CD. Musicas como 3am, Girl Like That e Real World (do disco Yourself or Someone Like You, de 1996); Bent e a espetacular balada If You’re Gone (de Mad Season de 2000); Unwell e o que é talvez o maior hit da banda no Brasil: Disease (do disco More Than You Think You Are, de 2002); musicas menos conhecidas como How Far We’ve Come ou I’ll Believe You When (faixas inéditas presentes na coletânea Exile on Mainstream, lançada em 2007) e faixas do nisco novo, North (de 2012) como She’s So Mean ou Overjoyed.
Impecável, Rob Thomas conduzia os vocais e o palco com precisão, enfrentando a apatia habitual dos curitibanos aliada ao pouco conhecimento das musicas. A platéia só pulou mesmo com Disease. Nem as musicas do tipo “agora-todo-mundo-com-a-mão-pra-cima” como How Far We’ve Come, Put Your Hands Up ou All Your Reasons levantaram mais do que umas duas dezenas de braços.
O MB20 está no Brasil para o Rock in Rio, onde se apresenta dia 20 de setembro. Aproveitou e parou para shows em Curitiba e São Paulo. Em 17 anos de carreira nunca tinham vindo para o Brasil e afirmaram que, por não conhecer o público brasileiro, tocariam musicas de todos os discos e não focariam somente no último trabalho. E foi isso que fizeram. Indo e voltando no tempo, Rob Thomas, Paul Doucette, Kyle Cool e Brian Yale levaram os fãs de verdade à loucura e conseguiram contagiar boa parte dos outros, que pediram (e ganharam) bis no finalzinho com musicas do disco novo.
Em suma, foi um show redondinho de cerca de duas horas de duração, que agradou os fãs e os não fãs, com as musicas fáceis, o rock pop e o carisma da banda. Palmas para o Matchbox Twenty que manteve o pique e a energia mesmo com fãs “frios” como os de Curitiba. Abaixo algumas fotos feitas por mim durante show:
Pausa Dramática - Cinema, música, entretenimento e Cultura Pop 
Gente, o Rob vai ficando mais lindo e gostoso a cada ano. Tá, meu comentário não é nada relevante perto dessa postagem maravilhosa sobre o show, mas eu precisava falar!
Hahahahaha qualquer comentário é válido Rob 😉 e além de tudo ele é carismático e tem mega energia no palco
Ah…., eu não acho que os fãs de Curitiba sejam frios e apáticos. No show da Alanis foi muito bom, tanto que ela fez uma postagem especial para o show de Curitiba, que ela nunca sentiu tanta energia e animação. Mas vai saber quem foi nesse show néam…