Pesquisando na internet vi muitas listas com os piores remakes. Muitos títulos divergem, mas alguns em específico estão em todas elas. Vou listar aqui alguns destas listas que concordo e um ou outro que não aparecem mas que, na minha opinião, qualquer ser inteligente deveria passar longe…
Psicose

Ano: 1998
Produção original: 1960
Psicose aparece em primeiro lugar em muitas das listas de piores remakes. O clássico de Alfred Hitchcock manteve muitas cenas parecidas, mas não agradou. O personagem Norman Bates, de Vince Vaughn, se afasta do espírito obsessivo que o ator Anthony Perkins fez e fascinou há muitos. A espera agora, é pelo filme Birds, outro clássico de Hitchcock, que ganha remake com a atriz Naomi Watts.
Godzilla

Ano: 1998
Produção original: 1954
Assim como Planeta dos Macacos, a versão norte-americana de Godzilla se leva muito a sério quando tenta reproduzir efeitos especiais de ponta e mostra um grande blockbuster, cuja maior referência não são os monstros japoneses alterados pela radiação da bomba atômica e sim por outras produções como Jurassic Park e Alien. Os prédios de isopor tomam forma em efeitos 3D e o monstro de plástico se torna uma verdadeira-obra em CGI, valorizando muito mais as cenas de perseguição e ação do que o roteiro em si.
Casa de Cera

Ano: 2006
Produção original: 1953
Paris Hilton é morta neste filme, mas nem isso tirou os fãs da indignação quando os atores escolhidos e a própria direção transformaram um clássico do suspense em um típico terror adolescente, nos mesmos moldes de Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado.
Planeta dos Macacos

Ano: 2001
Produção original: 1968
Quando foi anunciado, Tim Burton era considerada a melhor opção para refilmar um clássico sobre humanos perdidos em um planeta dominado por primatas. O filme, no entanto, acabou se saindo mais sombrio e fantasioso do que ele realmente já parecera. Os diálogos de ironia política e diferenças sociais fizeram com que essa produção fosse levada muito mais a sério do que a original. Para os fãs, a grande decepção é a exclusão da cena final, quando a Estátua da Liberdade aparece soterrada na areia.
A Pantera Cor-de-rosa

Ano: 2006
Produção original: 1963
O clássico de 1963 transformou-se em uma comédia escrachada, com Steve Martin no papel principal e trouxe até Beyoncé como apoio de elenco. Nem a cantora, porém, salvou A Pantera Cor-de-rosa de ser um filme bem distante do clássico, repleto de mistério, ironias e referências que muitos cinéfilos idolatram.
O Dia em que a Terra Parou

Ano: 2008
Produção original: 1951
O original de Robert Wise é um dos marcos da ficção científica cuja sua mensagem ainda hoje perdura e mantém sempre actual, a versão de 2008 por outro lado é um contagiado da síndrome de Al Gore e enche todo o seu contexto com mensagens ecológicas e efeitos especiais sofisticados, que se tornam banais graças a um enredo enfadonho e interpretações melancólicas, apenas Keanu Reeves, conhecido pela sua inexpressividade foi o único que tem um papel á altura na pele do extraterrestre Klaatu.
O Sacrifício

Ano: 2006
Produção original: 1973
É penoso ver Nicolas Cage a submeter a tão mau gosto, O Sacrifício é baseado no subvalorizado thriller de Robin Hardy, sobre um agente da policia que investiga o desaparecimento de uma criança numa pequena ilha onde reina uma antiga e pouco ortodoxa religião pagã. O Sacrifício se resume a uma viagem pelo péssimo trabalho dos envolventes, quer na realização e o seu trabalho de câmara, quer mesmo na péssima performance do ator Nicolas Cage, a história é encaminhada por curtos momentos de facilitismo e a correria da narrativa leva-nos a um fatigante e pesado final. Felizmente foi mal recebido pelo público em gera de tal forma que a prevista produção de uma sequência foi negada pelo estúdio.
Água Negra

Ano: 2005
Produção original: 2002
Walt Disney Pictures lançando um filme de horror? Disfarçando como se fosse da Touchstone Pictures? De qualquer maneira, o que acertou os cinemas foi uma hora e meia de um drama sobre uma mulher, uma criança e uma porrada de água. Terrível em todos os aspectos, a refilmagem dirigida pelo brasileiro Walter Salles do filme japonês não agradou nem público nem crítica e quase sepultou sua carreira em Hollywood.
Vanilla Sky

Ano: 2001
Produção original: 1997
Pouca gente sabe, mas o terrível Vanilla Sky é remake de um ótimo filme espanhol chamado Abre los Ojos (no Brasil: Preso na Escuridão). Produzido por Tom Cruise, a refilmagem americana copia quadro a quadro o original, trazendo ainda Penelope Cruz no mesmo papel em ambos os filmes. Quem não conhece o original geralmente gosta de Vanilla Sky. Mas quem conhece corre o risco de dar risada dos diálogos absurdos de Cruise e Cameron Diaz (também presente na refilmagem).
Morte no Funeral

Ano: 2010
Produção original: 2007
Algumas refilmagens são simplesmente inexplicáveis. Em 2007 um filme inglês com ótimo timing de humor negro (como só eles sabem fazer) estreou mundialmente, mas pouca gente viu: a história de uma anão que surgia no funeral de um pai de família dizendo-se seu amante. Era hilário e inteligente. Então o que os Estados Unidos resolveram fazer? Sim, refilmar. Transformando numa daquelas comédias étnicas só com negros no elenco e com piadas de péssimo gosto (sim, com escatologia) transformaram um filme inteligente no mais puro besteirol sem a menor graça.
A Herança de Mr. Deeds

Ano: 2002
Produção original: 1936
Alguns atores têm o dom de estragar qualquer filme em que apareçam. Quando se trata de uma refilmagem de um clássico então a probabilidade ainda é maior. O galante Gary Cooper deve ter se revirado muito no caixão ao ver o estapafúrdio Adam Sandler transformar seu personagem em um palhaço abobalhado, como de costume…