Por Flávio St Jayme
Uma das melhores artistas da música brasileira na atualidade, Fernanda Takai lançou hoje seu quarto álbum solo e o disponibilizou integralmente para ouvir em sua página do Facebook.
No disco, parcerias com Marina Lima, Marcelo Bonfá (ex-Legião Urbana), PB (Jota Quest), Pitty e Julieta Venegas nas composições e Samuel Rosa (Skank), Zélia Duncan e Padre Fábio de Melo nos vocais. O álbum foi gravado no estúdio da cantora e do marido John Ulhôa (também do Pato Fu) em Belo Horizonte e será lançado pelo selo Deck Disc com patrocínio na Natura Musical.
Depois de dois primeiros trabalhos voltados para a MPB com regravações de sucessos de Nara Leão – Onde Brilhem Os Olhos Seus e Luz Negra – e o terceiro disco composto e gravado todo em parceria com Andy Summers (guitarrista do The Police) em um disco de bossa nova moderna – Fundamental, desta vez Fernanda admite partir para o seu próprio lado e lançar um disco mais intimista: “Incluirei algumas coisas que não caberiam no Pato Fu. Meu jeito de selecionar músicas é mais delicado. Lá, sou eu e quatro homens, a banda funciona de uma forma mais democrática. Na carreira solo, eu escolho tudo. Esse será um disco de mulherzinha, no bom sentido”, diz a cantora.
Com um projeto gráfico — que tem como ponto de partida a narrativa fantástica –, a inspiração para a cada do CD feita á mão surgiu a partir de uma imagem de 1885 do fotógrafo japonês Kusakabe Kimbei que recortou de uma revista e pelo estúdio Hardy Design.
A capa conta a história de uma mulher comum que sai de casa em busca de seu destino. Ela deseja conhecer-se melhor e adquirir superpoderes. Para isso, passa por diversos momentos desde a preparação até conquistar o papel final.
De acordo com a diretora de criação da capa, Mariana Hardy, a ideia do projeto foi usar “uma linguagem gráfica para traduzir o ecletismo do disco”. “Mesclamos objetos em miniatura, imagens impressas e texturas para conseguir uma riqueza de detalhes e uma profundidade na imagem que não seria possível se tivéssemos fazendo uma montagem digital. A montagem lembra os ‘pop-up books’, os livros tridimensionais, que tem relação com a técnica de origami de dobradura de papel”, explicou ela.
Para se conseguir tal efeito, Fernanda Takai foi fotografada caracterizada como uma gueixa. Essa imagem foi impressa e o cenário foi montado a partir daí. “Adicionamos os elementos reais, como o letreiro do título do álbum e as bolas de algodão que faz às vezes da avalanche de neve. As maquetes foram construídas. A ideia final era que a capa fosse compreendida como uma manipulação da artista sobre o seu próprio momento ou cenário, como se pode ver no verso”, explicou outra diretora, Cynthia Massote.

