Em uma entrevista para o jornal britânico The Times, o ator já indicado ao Oscar Chiwetel Ejiofor comentou sobre a diversidade em Hollywood, um assunto que veio à tona depois de nenhum ator negro ter sido indicado ao Oscar por dois anos seguidos.
“Eu espero que isso mude, mas acredito que provavelmente seja mais difícil ser gay. Acho que a sexualidade ainda é marginalizada de forma aberta. Acho bem complicado. Acredito que pra própria mente e pra própria auto-estima de cada um a coisa do ‘Não pergunte, não conte’ é horrível, porque produz um senso de vergonha, o que acaba criando uma percepção de ser menos que o outro. E eu odeio isso. Não desejo pra ninguém.”
O ator de 38 anos compartilha da opinião de Sir Ian McKellen sobre o preconceito contra os gays em Hollywood: “Não são só os negros que vem sendo ignorados pela indústria cinematográfica. Costumavam ser as mulheres e até hoje também são os gays, certamente.”
Ejiofor, que já interpretou um travesti no filme Kinky Boots, argumentou ainda que a sexualidade de alguém só diz respeito à própria pessoa, mas que qualquer um deve ter o direito de se assumir sem repercussões negativas de sua decisão em sua carreira.

O ator foi indicado em 2013 por sua atuação em 12 Anos de Escravidão, que acabou vencendo o prêmio de melhor filme no mesmo ano, fazendo com que o diretor Steve McQueen se tornasse o primeiro diretor negro a levar o prêmio. Porém nos dois anos seguintes a Academia falhou em reconhecer os talentos dos negros no cinema, apesar de diversos críticos terem afirmado que vários atores e filmes poderiam ter concorrido este ano.
Para Ejiofor, no entanto, ser negro nunca o impediu de atingir o sucesso como ator: “Se eu não tivesse tido as oportunidades e a sorte que tive, claro que tudo teria sido bem diferente e eu teria um outro pensamento sobre isso, mas não posso ser desonesto sobre o que aconteceu na minha vida.”
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