(Ou, crônicas de acontecimentos capilares)
Sempre gostei de mudar o visual, sempre me enjoei de ficar com a mesma cara. Mas homens têm poucas opções entre cortar o cabelo e deixar ou não barba, cavanhaque e afins. Back on the days quando barba não era “modinha”, eu me contentava com um cavanhaque, já que sempre odiei minha barba cheia e minha cara verde de sombra de barba.
Enfim. Em 2001, aos 20 anos (pausa para você fazer as contas da minha idade….) eu já pintava o cabelo de azul. Muito antes de se falar em merman hair as pessoas já me olhavam na rua e as crianças já apontavam pro meu cabelo. Usava uma tinta cuja cor era “anti-laranja” e depois da segunda descoloração para retocar a tinta descobri da pior maneira o que é destruir o cabelo: todo meu cabelo descolorido literalmente quebrou e caiu e fiquei só com o toquinho de raiz. Enfim.
Esta tinta durava mais ou menos uns dez dias, lavando o cabelo dia sim dia não, daí começava a ficar cinza. Como não consegui aplicar a segunda vez, não sei como ela continuaria.
Fiquei um tempo sem tintura e depois parti pro vermelho. Adorava pintar o cabelo de vermelho cereja e depois de algumas tinturas e algumas fronhas e toalhas coloridas também parei e fiquei novamente mais um tempo sem pintar.
Daí chegamos em 2014 e começo a ver pela internet fotos de caras (fora do Brasil, obviamente) com o cabelo branco. Branco mesmo. Por mais que já esteja acontecendo, meu cabelo ainda vai levar anos para ficar grisalho (0 que eu acho lindo). Então mexi meus pauzinhos e fui atrás de contatos para deixar o meu branco. O resultado? Sensacional. Após algumas horas na cadeira do salão e a mão esperta de um mestre em pintar cabelos (que, claro, não me contou seus segredos) saí me sentindo o próprio Jack Frost:
Mas infelizmente o bom efeito durou pouco. Uns dois dias depois meu cabelo já estava amarelando. O que descobri ser normal e natural do cabelo. Então pra não ficar com cabelo amarelo palha (tudo o que não queria) joguei o costumeiro castanho escuro em cima e deixei mais alguns meses. Mas daí comecei a ler sobre o merman hair e a saudade do cabelo azul bateu. Hoje existem muito mais opções de tinturas, tonalizantes e cores então, por que não?
Descolori só a parte de cima do cabelo (água oxigenada de 30 volumes e descolorante de qualidade, #fikadika) e parti pras experiências: azul, roxo, rosa e verde. Para todos usei o Keraton Hard Color, um tonalizante não muito caro e que não “estraga” o cabelo (trata e colore). Além de já vir pronto pra aplicar. Como era um tonalizante, não ficava muito no cabelo e brinquei de usar cada semana uma cor ou mesmo de criar cores, misturando o verde e o azul, por exemplo, e criando um turquesa sensacional.
Mãs… era um tonalizante e ficava pouco no cabelo. Ou seja: a cor que eu gostava durava só até o dia seguinte. A não ser o rosa, que só saiu com descoloração. O azul, infelizmente, era o que menos ficava. Então descobri uma outra forma de usar: passava o tonalizante azul como se fosse um creme de pentear e não enxaguava. Daí a cor ficava bonita. Pelo menos até o próximo banho. Foram novamente muitas fronhas e toalhas pintadas de azul. Mas sai.
(você pode ver nos vídeos que gravei no canal do Pausa lá no Youtube que cada semana o cabelo tava de uma cor)
Mas eu queria uma tinta que não saísse tão fácil. Então a atendente da Casa Costa (que agora já me reconhece quando vou lá) me indicou a Revolution da Alfaparf azul. Descolori o cabelo todo dessa vez e apliquei. Essa sim. Ficava uns bons cinco dias no cabelo sem desbotar e depois de uns dias também passei a usar como se fosse creme pra pentear ou mesmo misturada com o creme. Foi uma beleza. Daí enjoei e raspei a cabeça.
Só que não sossego né? Alguns meses depois (três, pra ser exato), voltei a descolorir. Queria desta vez deixar o cabelo branco de novo. Já tinham me falado no banho de violeta genciana dissolvida na água. Ok. Descolori o cabelo até ficar bem clarinho e passei. Não adiantou muito. Lembrei que quando pintei o cabelo de azul pela primeira vez a tinta era “anti-laranja” e ficava cinza quando desbotava. Então coloquei muito pouquinho do tonalizante azul na mão, misturei com um creme de pentear e passei. O cabelo ficou meio irregular, mas saiu o amarelo. Mas claro que dois dias depois já estava amarelando de novo.
Nesse meio tempo fui a um salão no shopping e uma massagista me falou pra passar um tonalizante chamado “prata polar”. Fui lá falar com minha amiga da Casa Costa. Ela disse que o prata polar deixava bem branco, e era daquele tonalizante que não fixava. Ela indicava um chamado Keraton Banho de Brilho, cor Prata Cendré, que deixava um tom prateado no cabelo. Comprei.
É bom lembrar que meu cabelo estava praticamente branco. As instruções dela foram simples. Lava o cabelo, tira o excesso de água, aplica o tonalizante, deixa por uns 3 minutos e enxágua. Mas só isso? Sim, só isso. Fiz quase como ela disse: lavei o cabelo enxaguei e no banho mesmo apliquei o tonalizante e deixei o que imaginei ser uns 3 minutos e enxaguei novamente.
O resultado? Um cinza lindo e natural, quase como se estivesse grisalho de verdade!
Ainda não sei quanto tempo vai durar ou quanto tempo eu vou ficar com ele antes de enjoar, mas gostei muito do resultado.
É bom dizer que nenhum dos produtos que comprei custou mais de R$30,00 e, dependendo do tamanho do seu cabelo, eles duram bastante. Ainda tenho mais ou menos meio frasco de cada tonalisante e da tinta da Alfaparf (que vem em bisnaga). Todos eles já vem prontos e são super práticos de passar. Convém usar luvas, pois fiquei muito tempo com as unhas azuis. E se for mexer com a violeta genciana, cuidado: além dela pintar tudo o que encosta de roxo (e é bem ruim de tirar), se você colocar demais na água para enxaguar o cabelo, ele vai ficar roxo mesmo. É super difícil acertar a quantidade.
Existem produtos da Keune e de outras marcas que me indicaram, mas achei tudo muito desnecessariamente caro. Estes que usei gostei e não achei caros.
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