25 anos de Família Dinossauro. Saiba mais sobre a série e veja como era feita

Jim Henson, o lendário criador de Os Muppets e Vila Sésamo, morreria meses antes de sua última grande criação: Família Dinossauro. Sua mente gerou o conceito de uma sitcom ao mesmo tempo tradicional e ambiciosa. Uma vez realizada, sua ideia se tornou uma série muito divertida, pioneira e, sim, histórica.

Comédias familiares de câmera única já eram mais que batidas. Porém, nenhuma outra era composta por dinossauros. Crônicas da vida cotidiana também eram comuns. Explorá-las de maneira tão ácida, sob o disfarce de uma série infantil com gags bobas era, na época, ainda inovador.

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Família Dinossauro estreou nos Estados Unidos no dia 26 de abril de 1991, após uma hesitação de anos e era produzida pela Disney em parceria com Henson. Nesse meio-tempo, estreou Os Simpsons — cujo conceito é parecidíssimo! É impossível não ver o Homer em Dino. Fran também se parece muito com Margie, e Bob e Charlene equivalem a Bart e Lisa. Por fim, temos Baby, que se destaca como um personagem similar à pequena Maggie.

“As pessoas achavam a ideia louca”, conta a produtora Alex Rockwell, amiga de Jim Henson, dizendo que muitos desaprovavam a realização da série. De fato, o timing atrapalhou. E talvez seja esse o motivo por Família Dinossauro ser tão subestimada. Historicamente, poderia ter ido mais longe. Mas seus méritos são inegáveis: suas inovações, um público próprio, coragem única e sua qualidade indiscutível.

Nem toda série, afinal, é capaz de cativar os pequenos, emocionar os jovens e alfinetar os adultos. Família Dinossauro fez isso. Por força do destino, ocupou um breve hiato na História de Hollywood. Foi lançada após Os Simpsons e apesar de ter concebida antes acabou como uma “cópia”, mas pavimentou o caminho trilhado por Jurrasic Park. Marcou sua época. Por isso é digna de todas as congratulações por seus 25 anos. Parabéns!

Veja como a série era filmada:

 

familia dinossauro

Interpretação mecânica

Os atores vestiam uma “máscara-capacete” feita de espuma de látex, com crânio de fibra de vidro. Ela continha cerca de 26 servomotores bem pequenos, responsáveis por mover olhos, boca, sobrancelhas, testa e outros recursos. Combinados, eles permitiam vários tipos de expressões faciais

Positivo operante!

Além disso, o “cabeção” ainda tinha espaço para um microfone, que captava a voz real do ator, e um fone de ouvido, para que ele recebesse ordens do diretor. A fantasia completa era tão complexa que cada uma levou até 16 semanas para ser produzida!

Atrás das câmeras

Ao ator cabia apenas dizer as falas e andar pelo cenário. As expressões faciais eram controladas a distância, com uma luva especial plugada a um computador. Cada movimento que o marionetista fazia com a luva era interpretado por um programa e enviado, via rádio, à máscara

Passado e futuro

A cada quatro semanas de gravação, era preciso tirar uma de folga para fazer a manutenção do sistema. “Era uma tecnologia muito inovadora para a época”, afirma Peter Brooke, da Jim Henson’s Creature Shop, empresa responsável. “E ainda pudemos aprimorá-la ao longo dos quatro anos da série”

O Baby:

Um dos maiores destaques de Família Dinossauro era Baby, o bebê que infernizava o pai, Dino, e provocava os irmãos adolescentes, Charlene e Bobby. A dona da voz do Baby na versão brasileira é a dubladora Marisa Leal, que tinha 29 anos à época.

– Esse trabalho me trouxe muitos frutos profissionais. Tenho saudade. Até hoje os amigos usam os bordões para me zoar. Olham para a minha cara e mandam: ‘Não é a mamãe!’ – conta ela, aos risos. – Não sou reconhecida na rua pelo Baby porque era uma voz muito caricata. Só usei a mesma voz para fazer a Maria (de João e Maria) no longa de animação ‘Deu a louca na Chapeuzinho 2’ (2011).

Mais do que impulsionar sua carreira, Marisa, que hoje é diretora de dublagem, acredita que a série deu mais visibilidade à dublagem nacional.

– Começaram a olhar para os profissionais com outros olhos, temos até fã-clubes – diz ela, que dublou a versão brasileira da Ariel de “A pequena sereia” e, mais recentemente, a personagem de Lupita Amondi Nyong’o, de “12 anos de escravidão”.

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Saiba como é o final trágico da série:

O fim de uma série traz bastante tristeza para pessoas que à acompanham. Séries como Friends, que tem milhões de fãs, quando chegam no fim e até mesmo com um final feliz deixam seus fãs aos prantos. Família Dinossauro não é diferente, a série deixou seu publico muito triste com seu fim mas, a série ter chegado ao fim não foi o simples motivo para a reação dos fãs e sim o desfecho que é a série tomou.

 A série foi cancelada em 1994 e os escritores da série resolveram dar o “pior” final possível para a série. Dino, que é o protagonista da série, trabalha em uma empresa que causou a extinção de uma espécie de besouros. Esses insetos eram responsáveis pelo controle de uma planta parasita que poderia acabar com toda a flora do mundo. Dino, para tentar desfazer o erro da empresa, joga veneno para matar essa planta e acaba matando toda as plantas do mundo.
Em uma nova tentativa de arrumar o novo erro, Dino, faz com que vulcões criem uma camada de nuvens vulcânicas em todo mundo iniciando assim, a era glacial e acabando com toda a vida no planeta. A cena final do episódio mostra a família principal se despedindo um do outro e apenas esperando serem congelados até a morte. O episódio foi considerado tão forte que chegou a ser proibido em alguns países.

Conheça os dubladores brasileiros da série:

Dino da Silva Sauro 

José Santacruz

 
Fran Sinclair
Maria Helena Pader

Baby
Marisa Leal
 
Charlene
Miriam Ficher
 
Bobby
José Leonardo

Sr. Richfield
Paulo Flores

Roy
Roberto Macedo

Vovó Zilda
Glória Ladany

 

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