Cinema LGBT – Parte 5: Brasil
O retrato do gay no cinema e TV brasileiro nunca foi dos melhores. De personagens estereotipados e meros alívios cômicos, o gay foi pouco a pouco relegado a um segundo plano ou a programas humorísticos. Foi somente com a chamada retomada do cinema brasileiro, com Carlota Joaquina de (1995) que vimos, lentamente este patamar mudando.
Mas, se por um lado ele demorou a mudar, embarcou no boom internacional do tema e hoje traz uma profusão de títulos de diversos gêneros com personagens LGBT.
A partir de longas que passeavam timidamente pelo tema como Amores Possíveis (2001), Carandiru (2003) e A Partilha (2001) até longas onde o gay era o personagem central, como Madame Satã (2002) a transformação do retrato LGBT nas telonas brasileiras começou mesmo só no início dos anos 2000.
Desde então comédias, biografias, romances e dramas vêm retratando o gay no cinema brasileiro das mais diversas formas, na maioria delas como pessoas reais. Claro que o estereótipo do gay que só serve para dar risada ainda existe, em longas como Amor em Sampa (2016) e Sexo, Amor e Traição (2004), mas em sua maioria, hoje o cinema brasileiro se preocupa em trazer uma boa quantidade de bons títulos e retratos sobre o tema: Amarelo Manga (2003), Cazuza – O Tempo Não Para (2004), Como Esquecer (2010), Elvis & Madona (2010) Do Começo ao Fim (2009), Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), Praia do Futuro (2014), Tatuagem (2013), Flores Raras (2013), Amores Urbanos (2016) e Divinas Divas (2017) são apenas alguns dos títulos mais representativos.
Leia mais:
Parte 1 – Da Hollywood clássica à descoberta da AIDS
Parte 2 – Da ascensão da alegria à diversidade de retratos
Parte 3 – Da popularização e variedade ao Oscar de melhor filme