É difícil entender por que a Netflix colocou algo como Fate: A Saga Winx no ar

Tinha tudo para dar certo: uma série inspirada em uma animação de sucesso do passado, elenco jovem, fantasia e poderes. Tudo que hoje em dia faz a fórmula do sucesso. Aliás, sucesso deve estar fazendo, mas quando falamos em qualidade, a conversa muda.

Fate: A Saga Winx estreou fazendo barulho na Netflix e criando confusão entre os fãs da animação, afinal trama e personagens foram bastante modificados. Mas o problema não para aí.

É difícil acreditar que a Netflix, em pleno 2021, coloque no ar uma série em que praticamente todos os personagens se parecem com a Barbie ou o Ken. Pra não dizer que são todos, tem um ou outro personagem negro (mas cujo corpo também se encaixa nos padrões) e uma acima do peso (que vai sofrer bullying mas é simpática e feliz).

Clichê é o que não falta aliás. Em menos de um episódio a gente para e pensa: estamos vendo um filme dos anos 90? Jovens sarados e bonitos, um galã loiro e uma mocinha com cara de rainha do baile de formatura. Um personagem gay que se apaixonará pelo valentão da escola e terá sua sexualidade revelada para todos sem seu consentimento. Só faltou uma personagem “feia” de óculos que se torna “bonita” para atrair o garoto popular. Ou não?

Além desse problema, o texto é ruim, seus atores são ruins. A cortina de “ser adulto” da série esbarra em um ou outro palavrão e um cigarro de maconha pra mostrar a “revolta” dos adolescentes locais.

No frigir dos ovos, de encantado este mundo das fadas não tem nada. A série se esforça em não se mostrar uma produção pra menininhas de 12 anos, colocando palavrões e “rebeldia” no enredo, mas falta maturidade aos personagens e à história pra agradar alguém com idade maior que isso.

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