Taika Waititi é um cineasta curioso. A mesma mente que escreveu e dirigiu Jojo Rabbit, um dos melhores filmes das últimas décadas, é a mesma que escreve e dirige bobagens como What We Do in The Shadows e Nossa Bandeira é a Morte. E a mesma mente por trás de Thor: Amor e Trovão.
O humor de Waititi, brilhante e inteligentíssimo na sátira surreal de Jojo Rabbit, beira o infantil em piadas das séries citadas acima. No início de Amor e Trovão, uma cena entre Thor e o Starlord de Chris Pratt parece plagiada de uma produção de Adam Sandler, de tão ruim que é o diálogo e tão bestas que são as “piadas”. Temos a impressão de ver dois meninos de 7 anos discutindo.
No entanto, se você conseguir superar esta primeira parte, conseguirá se divertir depois. Uma explosão de cores e música, Amor e Trovão coloca Thor novamente ao lado de Jane, seu amor do passado. Jane está enfrentando um câncer em estágio 4 e descobre que ganha forças especiais ao portar o Mjolnir, o lendário martelo do deus nórdico. Mas ele cobra seu preço e a saúde de Jane piora a cada dia. Quando Gorr ameaça matar todos os deuses (inclusive Thor), o casal precisará se unir para enfrentá-lo.
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Sem se alongar demais e deixando de lado as piadas nível quinta série do início, o longa consegue empolgar e divertir, especialmente nas cenas dos heróis contra Gorr. Com um elenco de peso que conta com Natalie Portman (Jane), Christian Bale (Gorr) e Russel Crowe (Zeus) e que às vezes acaba por não dar tempo de tela suficiente para alguns personagens (como Valquíria, que merecia mais em cena) e com mais representatividade LGBT que qualquer filme da Marvel (temos pelo menos três casais no filme, em especial a história de Korg), Amor e Trovão é melhor quando deixa de tentar ser uma comédia e mostra o embate, o significado da solidão, da perda e do amor.
Ah, o filme tem duas cenas pós créditos. Uma depois dos créditos principais e uma no final.
