Origem, de Dan Brown: o que achamos do livro e quem sugerimos para o filme

O Professor Robert Langdon, quer os que se acham mais “cults” gostem ou não, já se tornou um ícone na literatura pop atual. A cria do escritor Dan Brown não é um detetive particular alcoólatra e atormentado pelo passado como pede o regulamento, mas numa cruza de Sherlock Holmes com Indiana Jones, é um professor universitário especialista em simbologia.

Langdon já cutucou a igreja católica, quando questionou Maria Madalena em O Código DaVinci e quando tentou impedir que uma sociedade secreta destruísse o Vaticano em Anjos e Demônios. Em Inferno, estudou Dante Alighieri para evitar que um vírus mortal se espalhasse pelo mundo e em O Símbolo Perdido a bola da vez era a maçonaria escondida nos Estados Unidos.

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Se a brincadeira com a arte esteve presente em todos os livros, não seria diferente agora. Mas dos pintores renascentistas, Brown dá um salto no tempo: vai parar na Barcelona de Gaudí em Origem, o quinto volume da saga de Robert Lagndon que acaba de chegar às livrarias.

Aqui, um brilhante cientista está prestes a divulgar para o mundo sua nova descoberta que, mais uma vez, poderá abalar as estruturas religiosas no mundo. Edmond Kirsch é uma das mentes mais brilhantes do mundo e confessa a Langdon, seu ex-professor, que descobriu a resposta para as duas perguntas primordiais da humanidade: De onde viemos? Para onde vamos?

Claro que Kirsch e Langdon serão jogados em uma trama que envolverá pistas a serem decifradas, uma bela mulher acompanhando e obras de arte. Arremessado na Espanha em uma corrida no escuro, país onde Brown morou durante a juventude, Langdon vai mergulhar na obra de Antoni Gaudi com a curadora do museu de Bilbao Ambra Vidal,  numa trama envolvendo bispos, príncipes e inteligência artificial para que a descoberta de Kirsch não desapareça antes de ser divulgada.

Como era de se esperar, todos os elementos das aventuras anteriores de Brown estão aqui: a religião, o lugar pitoresco, as pistas, as ameaças e, claro, as obras de arte. Aventura para nenhum fã do autor colocar defeito, Origem segue à risca a cartilha que colocou o autor entre os mais vendidos dos últimos anos, com personagens misteriosos, uma trama que se modifica a cada capítulo e um ritmo frenético. Basicamente, mais um livro de Dan Brown que a gente não consegue largar até terminar. Talvez o único detalhe é que desta vez existem menos pistas a serem desvendadas e mais perseguição. Langdon parece que “pegou prática”e já consegue resolver os enigmas rapidamente.

Já que apenas com exceção de O Símbolo Perdido, todos os demais livros foram adaptados para o cinema com relativo sucesso, nada mais lógico que esperar Origem chegar às telonas também. Então resolvemos dar uma mãozinha para a produção e pensar em quem, além de Tom Hanks, poderia estrelar a adaptação. É bom lembrar que todos os filmes sempre trouxeram algum ator “de grife” nos papeis coadjuvantes: Sir Ian McKellen e Audrey Tautou em O Código DaVinci; Ewan McGreggor e Stellan Skarsgård em Anjos e Demônios; e Felicity Jones, Omar Sy e Irrfan Khan em Inferno

Ambra Vidal

A “parceira” de Langdon nos filmes sempre foi bem escolhida: Audrey Tautou, Ayelet Zurer e Felicity Jones já assumiram o papel. Como desta vez a personagem é espanhola, nada mais correto que uma atriz latina. E com a definição de que Vidal é “bela e sensual”, não tem como pensar em outro nome a não ser este:

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Penelope Cruz (Vicky Christina Barcelona, Volver)

Edmond Kirsch

Eu queria que me escolhessem, mas como nem tudo na vida é justo….

Descrito como excêntrico, com cara de nerd e com aparência às vezes doente, também não foi difícil pensar em quem poderia ser o milionário americano da informática fã de Gaudi:

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Cillian Murphy (Vôo Noturno, Batman Begins)

Mas claro que a gente também ia amar se o escolhido fosse este (que também sabe ter cara de nerd e doente…)

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Joseph Gordon-Levitt (500 Dias com Ela, Como Não Perder Esta Mulher, O Cavaleiro das Trevas Ressurge)

Príncipe Julian

O herdeiro do trono espanhol desempenha papel importante na história ao perseguir Langdon que arrasta sua noiva Ambra Vidal em uma caçada insana. Jovem e bonito, então também pensamos em um nome latino que se encaixe na descrição:

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Rodrigo Santoro (300, Simplesmente Amor)

Bispo Valdespino

Valdespino pode estar envolvido em uma conspiração internacional, mas pode apenas desejar proteger o rei e o príncipe da Espanha. Quais serão as reais intenções do bispo, que é extremamente próximo da coroa?

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Antonio Banderas (O Corpo, Don Juan de Marco)

Luís Ávila

O almirante aposentado da Marinha Espanhola vai desempenhar papel extremamente importante na trama, e poderá tomar atitudes decisivas para a história de Langdon.

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Javier Barden (mãe!, Onde os Fracos Não Têm Vez)

Agentes Fonseca e Díaz

Os dois agentes da Guarda Real que fazem a segurança de Ambra Vidal também merecem atores de respeito, já que desempenham papel fundamental na trama:

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Gael Garcia Bernal (Mozart in the Jungle, Má Educação) e Diego Luna (Rogue One: A Star Wars Story)

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22 comentários em “Origem, de Dan Brown: o que achamos do livro e quem sugerimos para o filme

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  1. Texto muito bom! Adorei as sugestões de atores para os papeis, principalmente a de Ambra Vidal e Edmond Kirsch.

    Quanto ao livro mesmo, não sei, acho que cansei da fórmula “browniana” para romances de suspense. A estrutura do enredo é basicamente idêntica à de Código Da Vinci. Também não consegui engolir algumas situações absurdas ao longo da história.

    Abraço!

      1. Oi!

        Dentre as situações absurdas a que me refiro, cito por exemplo a fuga de Langdon e Ambra do museu Guggenheim, depois de um assassinato brutal no interior do prédio e depois que a Guardia Real e a polícia já haviam sido notificadas. Eles fugiram pela Ría de Bilbao, que passa bem em frente ao museu, e ninguém viu? É como fugir pela porta da frente.

        Também achei a inteligência do Winston fora do normal. Pareceu que esse personagem fora inserido pelo Dan Brown apenas para facilitar algumas situações.

        Tem outras, mas agora não lembro.

        Abraço!

      2. Quanto ao livro, discordo da opinião geral sobre ser mais do mesmo, estou bastante encantada com a leitura. Agora quanto à adaptação para as telonas, Rodrigo Santoro seria uma boa escolha? Vou assistir Lost outra vez para depois dizer se concordo 😉

  2. Pois é, to na duvida. Acho que vou pedir de amigo secreto. Ponto de impacto e fortaleza digital merecem nota 10. Os demais, cansaram. Nem acabei de ler o Inferno. Acho que acabei assistindo na sessão da tarde…Uma das coisas que gosto dele é a descrição dos lugares. Mas pelo que vi nas outras criticas, é mais do mesmo. Mesmo assim é divertido, é leitura. Melhor que ficar hipnotizado na TV vendo os enlatados da NETFLIX.

    1. Sim, ‘Origem’ é bem mais do mesmo, tanto que quase não consegui terminar de ler. Isso sem mencionar o fato de que as revelações são bem decepcionantes. ‘Ponto de Impacto’, ‘Fortaleza Digital’ e ‘Anjos e Demônios’ são os melhores livros dele, os mais originais. O resto é uma tentativa de copiar a trama de ‘O Código Da Vinci’. Como você disse, vale pela leitura e pelos conhecimentos que os livros passam, mas o fator “originalidade” ficou para trás faz tempo.

      1. Fato é que ele encontrou uma fórmula de sucesso e agora ficou preso à ela. Pra quem gosta de livros de mistério e suspense funciona. Agatha Christie é até hoje a rainha do crime e grande parte de seus livros segue uma mesma fórmula. Isso não é necessariamente ruim.

  3. Sou fã dos livros do Brown, mas Origem também me decepcionou por não ter trazido muita originalidade. Gostei do fato de ele ter adicionado tecnologia e falado mais do futuro do que do passado, demonstrando que tem capacidade pra isso também, mas eu esperava mais para o Robert Langdon no geral, eu sinto que o personagem que é tão querido não tem profundidade e esperava algo mais pessoal pra ele!

  4. Sem contar que, como já foi dito aí em cima, as revelações deixaram a desejar e a ação também não foi tão boa. Em O Símbolo Perdido a grande revelação também não revela quase nada no final, mas a ação naquele livro é excepcional, com as cenas do tanque de água e da perseguição no hangar escuro. Mal’akh foi o melhor vilão das histórias do Langdon.

  5. Amo de paixão os livros de Dan Brown, não importa se são parecidos, sempre há algo novo e isso que nos deixa “grudados” no livro. Respeito a opinião de todos, ler é um ato particular, cada um sabe o que mais lhe trás prazer, e eu não via a hora de comprar o último livro dele, já li quase todos, faltando Ponto de Impacto, adoro estar dentro da trama de Brown é excepcional!

  6. O livro é muito bacana. É o estilo Dan Brown. Concordo que as descrições , às vezes, são longas demais, e confesso que, em alguns casos, fiz uma leitura dinâmica nesses trechos. Mas a leitura me prendeu. Quanto às sugestões para atores, adorei Edmond. Perfeito !!! Imaginava o bispo Valdespino bem mais velho e nada sexy kkkk Bandeiras poderia ser o almirante. Uma sugestão para o bispo : Sean Connery. Grande abraço!!!!

  7. Olá!! Não sei se parecerei piegas, mas sou fã de carteirinha de Robert Langton!!! Esse final de semana acabei reassistindo com minhas filhas adolescentes depois de muitos anos!! (que por sinal assistiram de tanto eu insistir!! Rs… no final de Código da Vinci elas admitiram que realmente era bom!!! Kkkk e quiseram asistir os outros dois!! O que mais me fascina são as intrigas envolvendo as obras de artes e os lugares, para mim fascinantes!!! Estou ansiosa por assistir Origem! Grande Abraço!!!

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