‘Space Jam: Um Novo Legado’ – saiba o que achamos do filme

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Imagine um filme da Disney em que Homer Simpson, Capitão América, Moana, Mulan, Aladdin, Darth Vader, Simba e Buzz Lightyear se encontrassem. Parece ainda muito distante né? Mas a grande rival da Disney, a dona Warner, já fez.

O grande atrativo de Space Jam: Um Novo Legado é justamente este: as misturas de personagens e as referências.

Se em 1996 o destaque de Space Jam era o jogo de basquete dos Looney Tunes com o astro Michael Jordan contra os alienígenas que tomavam posse dos corpos de jogadores famosos, agora a trama se transforma numa espécie de Space Jam anabolizado.

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Como qualquer sequência que se preze, Space Jam: Um Novo Legado é maior em tudo: na ambição, na história, nos efeitos e no visual. Desta vez o centro da trama é o relacionamento pai e filho entre o astro do basquete LeBron James e seu filho (fictício) Dom. O pai acha que o filho não leva o basquete a sério enquanto o menino tenta explicar que não quer ser jogador de basquete, mas tem outras aspirações não menos importantes: aos 12 anos Dom criou um jogo de video game adaptando as regras do basquete para um universo próprio onde jogadores podem ser aperfeiçoados se tornando avatares híbridos com animais.

Mas se a trama sobre paternidade tenta ser o principal plot do filme, ela se perde no tanto de referências ao longo do filme. Fazendo jus ao que o público parece desejar no momento, Space Jam 2 é um verdadeiro baú de referências.

Aproveitando o fato de que a Warner é dona dos direitos de muitas produções, o filme se esbalda: passa por cenas clássicas dos Looney Tunes, personagens do desenho aparecem em cenas de produções como Mad Max: Estrada da Fúria, Batman (o seriado dos anos 60 e a animação) e Game of Thrones e ícones como King Kong ou Fred Flintstone podem ser vistos em cena. Lola Bunny treina com Mulher-Maravilha para se tornar amazona e a vovó e Frajola são escolhidos em Matrix enquanto Hortelino vira Mini Me em Austin Powers.

No filme, a inteligência artificial Al G. Rythm (brincadeira com Algoritmo), interpretada por Don Cheadle, sequestra LeBron e Dom e a leva para o tal Serververse da Warner (ainda não entendi porque não chamar de Warnerverse, mas ok), onde vai obrigar pai e filho a se enfrentarem em um jogo de basquete que vai definir o futuro de ambos e de muitas outras pessoas. Ao lado de LeBron, Pernalonga e sua turma vão voltar às quadras e é aí que o filme começa a empolgar de verdade.

Não, não é por causa do jogo de basquete, mas porque no fundo das cenas está uma infinidade de personagens que a Warner tem os direitos: do Pinguim de Dani DeVito e personagens de Laranja Mecânica até a freira de Invocação do Mal ou o Gigante de Ferro (até mesmo com referência ao Space Jam anterior). A melhor coisa das cenas do jogo é ficar caçando os personagens no fundo. E, ao fazer o público tirar o foco do jogo de basquete é que Space Jam 2 peca no que se propõe.

Se há 25 anos a trama era sobre um jogo de basquete, desta vez ela se torna um emaranhado de personagens e efeitos em que você não sabe pra onde olhar e, ao prestar atenção em um detalhe da cena perde o outro. LeBron James, por sua vez, consegue ser pior ator do que Michael Jordan foi, até por ter mais tempo de cena. Aliás, a brincadeira com a volta de Michael Jordan é uma das melhores cenas do longa.

Claro que Space Jam tem 25 anos (eu tinha 15 quando vi) e até mesmo por isso é difícil perceber se gostei do outro filme porque era mais novo ou porque ele merecia mesmo. Mas não dá pra discordar: era um filme mais simples. A sequência anabolizada chega a cansar a vista por conta de tanta informação, cor, luz e música (e até mesmo os personagens reclamam da “modernização”). Mas diverte.

Daqueles filmes pra gente desligar o cérebro e se divertir. Se você é mais velho, fique de olho nos fundos das cenas dos jogos de basquete. Se você é mais novo, finja que é um video game.

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