Resenha do site: Em Um Bairro de Nova York

Quase todo ano alguém fala em ‘revival’ dos musicais no cinema. Mas o fato é que poucos filmes realmente tiveram este poder. Desde que Moulin Rouge trouxe o espetáculo musical de volta para a tela grande há 20 anos, foram poucos os filmes com esta capacidade: Chicago, Os Miseráveis, Mamma Mia, La La Land e O Rei do Show talvez alguns dos mais fortes. Mas nenhum com a emoção, a vida e a energia de Em Um Bairro de Nova York.

Para muitos o filme perfeito para a retomada dos cinemas depois de mais de um ano de pandemia, o longa do diretor Jon M. Chu (de Podres de Ricos e Truque de Mestre 2) não poderia ser remédio melhor para a depressão mundial: é alegre, vibrante, pulsante. Não tem como não ser contaminado com a vida que brilha na tela em quase 2h30 de uma história que emociona e aquece.

No longa conhecemos Usnavi, filho de imigrantes da República Dominicana, que mora no bairro proeminentemente latino de Washington Heights em Nova York. Entre aspirações, sonhos de estudar, melhorar de vida, voltar ao seu país de origem, vamos sendo apresentados àquela comunidade que, ainda que enfrentando inúmeras dificuldades (como preconceito e falta de dinheiro) jamais deixa de ser amorosa e feliz entre os seus.

Um apoio mútuo e uma união que ultrapassa vínculos familiares é mostrada na tela enquanto números musicais nada menos que espetaculares enchem os olhos (às vezes de lágrimas). Partindo de um roteiro relativamente simples, Em Um Bairro de Nova York fala de amor e orgulho.

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Adaptado do musical da Broadway concebido por Lin-Manuel Miranda, que ficou em cartaz de 2008 a 2011 chegando quase a 1200 apresentações e depois viajou pelo mundo passando inclusive por São Paulo em 2014. Indicado a 13 Tony Awards, o musical venceu em quatro categorias, incluindo melhor produção.

Em Um Bairro de Nova York é um filme sobre sonhos. Sobre buscar o seu lugar no mundo. Sobre ter orgulho de ser quem se é. E não poderia ser mais indicado para o momento em que vivemos: músicas e histórias que aquecem o coração e a alma em um filme fascinante que nos convida a viver e celebrar a vida.