Pela primeira vez vamos dar aqui um resumão curti de nossas impressões sobre alguns dos filmes indicados ao Oscar. Vários deles possuem resenha aqui no site e, quando for o caso, se você quiser ler a resenha completa basta clicar no título 😉
Para ver a lista completa dos indicados CLIQUE AQUI.
O musical de Damien Chazelle é mágico e sonhador. Toca fundo nas pessoas que ainda são românticas e ainda acreditam em correr atrás dos seus sonhos. Tecnicamente é impecável.
Mais um drama de uma mulher que um filme de ETs, A Chegada surpreende do início ao fim por sua trama inteligente e seus silêncios poéticos. Um dos melhores entre todos os indicados.
Moonlight (8 indicações)
O superestimado drama pessoal do diretor Barry Jenkins pesa a mão na monotonia e preenche todos os requisitos da fórmula para o Oscar: história pessoal, superação, preconceito… é bom, mas não merecia tanto.
Lion (6 indicações)
A belíssima história do menino indiano em busca de suas origens seria perfeita, não carregasse a mão no dramalhão. Daqueles filmes feitos pra emocionar, com interpretações magníficas de Nicole Kidman e Dev Patel.
Manchester À Beira Mar (6 indicações)
Manchester é um drama pesadíssimo onde não há redenção. Seu protagonista é deprimido e deprimente e ainda assim consegue entregar uma linda história sobre como não conseguimos superar traumas do passado.
Um Limte Entre Nós (4 indicações)
A peça adaptada para o cinema peca pelo excesso de egocentrismo de Denzel Washington, protagonista e diretor. Sua verborragia descontrolada deixa o espectador zonzo e permite que somente ele seja o destaque.
A Qualquer Custo (4 indicações)
Um faroeste moderno, A Qualquer Custo merece méritos principalmente pela força de seus protagonistas. Um filme político onde a mensagem “somos contra o sistema capitalista” é a grande protagonista e que no final acaba defendendo a justiça com as próprias mãos.
Estrelas Além do Tempo (2 indicações)
Outro dos melhores entre os indicados a melhor filme, Estrelas Além do Tempo é daqueles filmes de deixar a gente pra cima com vontade de mudar o mundo. A história real das três mulheres negras que nos anos 60 enfrentaram o preconceito e trabalharam dentro da Nasa é simplesmente incrível do início ao fim.
Animais Fantásticos e Onde Habitam (2 indicações)
JK Rowling sabe fazer dinheiro como ninguém. Ao criar as aventuras de Newt Scamander e expandir o universo Harry Potter nos cinemas, a autora e agora roteirista entrega uma aventura divertida, rápida e ágil, ainda que com alguns defeitos.
Florence: Quem É Esta Mulher? (2 indicações)
Baseado numa história real, o longa conta a vida de Florence Foster Jenking, uma péssima cantora que mesmo assim conseguiu fazer sucesso. Meryl Streep não merecia ser indicada por seu trabalho, que parece um genérico de Julia Child e o filme cansativo é completamente dispensável.
Kubo e as Cordas Mágicas (2 indicações)
A melhor animação do ano, Kubo conta em um visual deslumbrante uma história sobre perdas, morte e perdão como filme algum jamais conseguiu.
Moana (2 indicações)
Uma animação bonitinha da Disney, Moana encanta mais pelo visual que por sua história, nada original, e por seus personagens, que beiram o irritante. Se já falamos de egocentrismo aqui, mais uma vez ele é defeito num filme. Desta vez falta tela para o ego de The Rock.
Rogue One: Uma História Star Wars (2 indicações)
Se Episódio VII conseguiu ser incrível e trazer à de volta toda a magia de Star Wars, Rogue One é apenas eficiente. Cumpre seu papel de contar uma história “entre” as histórias dos filmes mas não chega a ser memorável (ou necessário).
Zootopia (indicado a melhor animação)
Provável vencedor da categoria, Zootopia é outra animação certinha da Disney que peca pela falta de originalidade. A já manjada história do bad cop/good cop é transportada pra uma cidade de animais com visual bacana e personagens interessantes.
Elle (indicado a melhor atriz – Isabellle Huppert)
O longa francês carrega demais nas cores dramáticas e acaba carecendo de tensão ao contar a história de uma mulher problemática numa interpretação magnífica de Huppert.
Animais Noturnos (indicado a melhor ator coadjuvante – Michael Shannon)
Uma das grandes faltas na categoria principal, Animais Noturnos é estarrecedor, talvez o melhor filme de 2016 e muito disso se deve à força de seus atores. Merecia mais indicações.
Mulheres do Século 20 (indicado a melhor roteiro)
Outro filme que estava em muitas previsões de levar diversas indicações mas acabou só com uma, Mulheres do Século 20 é linear e certinho ao contar a história de uma mãe com um filho adolescente que cresce em uma casa basicamente habitada por mulheres nos anos 70. Certinho ao ponto de ser entediante.
Ave, César! (indicado a melhor direção de arte)
Mais uma promessa que naufragou, Ave, César! tinha tudo para ser um filme incrível com suas ótimas cenas homenageando o cinemão americano dos anos 40 e 50. Mas sua parte política é chata e arrastada, cortando o ritmo do filme e transformando ele todo num exercício de paciência.
Esquadrão Suicida (indicado a melhor maquiagem)
O filme de vilões (que deixam de ser vilões) é basicamente o que é todo filme de super-heróis: ação, efeitos, piadas, pancadaria, salvar o mundo. Não é ruim, mas não chega a ser bom.
Doutor Estranho (indicado a efeitos visuais)
A mais “diferentona” das aventuras da Marvel é mágica a níveis psicodélicos, mas no fim das contas soa como um grande mexidão de elementos que a gente já viu em outros filmes.
Mogli (indicado a efeitos visuais)
Sim, o visual é o forte deste filme que já como animação não possuía muita história. Seus animais em CGI são majestosos e realistas, melhores atores que muita gente de carne e osso. E isso vale o filme que merecia mais mérito e mais indicações.
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